FAZER POLÍTICA
Você quer aprender como criar uma narrativa política que tenha um grande alcance e seja direcionada ao seu público votante/eleitor? Você pode fazer isso usando os arquétipos junguianos. Todos os estereótipos são símbolos mundiais que moram no inconsciente coletivo da espécie humana. Carl Jung pensava que os arquétipos eram passados de geração para geração através do nosso material genético. Sigmund Freud também considerava a existência desses símbolos universais, mas os via como produtos de nossa mente. Ele afirmou que isso demonstrava uma série de valores universais que estão presentes no inconsciente coletivo (uma ideia que, para ele, é uma combinação de conteúdos, passados de geração para geração).
São usados com frequência para marketing e criação de marcas e ajudam a estabelecer uma identidade para um produto, negócio ou pessoa. Contudo, esse conceito não está restrito a isso, outros princípios podem ser aplicados para comunicação política tanto com votantes/eleitores como na forma com que nos posicionamos como outros políticos. Os 12 arquétipos de Jung estão aqui:
· O inocente: O inocente inspira pureza, simplicidade e otimismo. Dessa forma, ele quer usufruir a totalidade e o paraíso.
· O sábio: O sábio quer controlar, medir, avaliar e confirmar, além de incentivar o ato de pensar. Ele crê que, ao buscarmos o conhecimento, podemos chegar a lugares inatingíveis.
· O herói: O herói é disciplinado, trabalhador, valente, com orgulho de ser assim. Tem em vista ser o número um e se sobressai por tomar decisões ousadas e superar os fracassos.
· O fora da lei: Ele é um indivíduo que não se ajusta às normas sociais, é desprezado, rebelde, inquieto e sempre disposto a quebrar as barreiras do cotidiano. Devido a essas características, as pessoas o desprezam.
· O explorador: Esse arquétipo está muito associado à geração Y, pois está sempre em movimento, não tolera as regras e amarras da vida, além de querer sempre descobrir o mundo e suas novidades, e ter grandes ambições.
· O mago: O mago quer encontrar as leis que regem o funcionamento das coisas, a realidade e o senso comum. Através desses ensinamentos, o mago busca atender a desejos e realizar sonhos.
· A pessoa comum: A pessoa comum está ligada aos sentimentos tranquilos e serenos, seu objetivo é se inserir efetivamente na sociedade. Ao não revelar as suas opiniões, ela mantém a sua identidade intacta.
· O amante: O amante é uma pessoa que aprecia a beleza, o amor e o sexo. A personalização é o foco principal. Sensualidade, ousadia e intimidade são os termos que mais ouvimos em propagandas desse tipo.
· O bobo: O bobo quer ser aceito pelo grupo, mas ele é espontâneo, brincalhão, despreocupado, engraçado e acessível.
· O cuidador: O cuidador ou prestativo é encontrado em atividades relacionadas ao auxílio para pessoas, ou organizações, pois este é seu principal objetivo. Essas ações sempre exigem carinho e afeto. Este modelo também visa melhorar a vida dos seus clientes.
· O criador: O criador é uma pessoa que sempre tem ótimas ideias, é bastante criativo, adora inovar, compartilhar os seus conhecimentos e valorizar suas próprias ideias. Além de ser um individualista, os traços artísticos são bem evidentes neste tipo de pessoa.
· O governante: O governante está sempre no comando e no controle. Ele se apresenta como um líder natural e responsável. Ele se comunica facilmente e sabe usar a persuasão, sem deixar o carisma de lado. Com essas qualidades, o governante consegue unir grupos e criar uma comunidade.
Como aplicar este conceito na narrativa política?
Os arquétipos podem ser úteis em diferentes etapas de uma narrativa política, como abordagem, prospecção, estabelecimento de apoiadores, apresentação de pautas. No entanto, é importante que a equipe esteja preparada para isso e que o político consiga administrar esses estereótipos de maneira que a narrativa não fique tão exagerado a ponto de causar o reverso do que se pretende. Analise sua formação política, seu método de atuação e pense em qual imagem quer passar para o público. Em seguida, pense nos modelos e crie uma narrativa interessante para cada um deles.
Seja Político. Faça Política. LIBERTE-SE!
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