Lula não caiu na armadilha e o Brasil ficou maior
Não foi ineditismo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ir como convidado para uma reunião dos autoproclamados 7 países mais industrializados do mundo.
Já havia sido convidado e participado antes, quando o evento foi classificado de G-7+1, em que o presidente do Brasil, em destaque no mundo por ter implantado as únicas medidas com suporte na economia, para conter a tsunami do subprime, rotulando-a de marolinha.
Na crise política em vigor tinha que ter destaque por ter dado um freio de arrumação na crescente onda do Fascismo pelo mundo, mas não foi por isso.
O convite para Lula participar da reunião foi, na verdade, uma armadilha para encurralar o presidente brasileiro a se submeter a um esdrúxulo centralismo, nada democrático, para a assinatura de uma moção contra a Rússia, que teria de ser por unanimidade, e dar um cheque em branco à OTAN e livra-la da culpa de ter dado origem à carnificina.
Já faz mais de um ano que o ocidente envolvido no combate, não sabe como sair da encrenca em que se meteu, por ter calculado por baixo o potencial russo para sustentar uma batalha por um tempo maior que o calculado.
A grande dificuldade para uma análise mais próxima do real se dá porque toda a informação despejada no Brasil, não passa da versão de um lado só, dando a nítida impressão de que tudo o que é massificado, diuturnamente, é editado pelo Departamento de Estado Americano.
Sobre a própria reunião de Hiroshima os editoriais de O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão produziram noticiários para os telejornais inocularem nas cabeças não pensantes, de que a participação de Lula foi diminuta quando, em verdade, ele foi o Estadista que mais acumulou ao fazer uma dezena de reuniões bilaterais com outros Chefes de Estado e não dar bolas para Biden e Zelensky.
Lula saiu do G7+1 trazendo um bilhão de reais do Japão, para investimentos, e vendo a bandeira da paz iniciar a subida para ser hasteada no topo do mastro e de cara recebendo convite da Dinamarca para uma reunião de cúpula com o Brasil, a China e a Índia, ou seja, o BRICS.
Ao chegar ao Brasil, teve uma demorada conversa com Xi Jinping, sobre a conjuntura mundial e seus desdobramentos; enquanto Joe Biden, patrão da mídia submissa, saiu com o estômago embrulhado com o anuncio da gerente do tesouro federal de lá, de que só tem dinheiro para pagar as contas públicas, até 10 de junho próximo, ou dar um calote de 1,5 trilhão de dólares; um rombo quase do tamanho do que o Brasil produz em bens e serviços em um ano.
Zelensky, que tentou tirar chifra com Lula tomou umas duas invertidas e foi se consolar nos ombros do seu financiador que já estava desolado.
O chanceler da Alemanha que fez questão de exaltar o presidente brasileiro como um grande, saiu de lá sabendo que seu País já enfrenta uma recessão econômica.
No perde e ganha das votações na câmara dos deputados, comum em todos os parlamentos do mundo democrático, após a aprovação consistente do arcabouço fiscal, os deputados mexeram para pior em dois ministérios importantes para a posição do Brasil na atual geopolítica mundial, mas, nada que a habilidade e prestígio internacional do presidente Lula não resolva. Pediu calma e deixou subentendido; é apenas mais um momento da luta de classes.
Como todos sabemos que o importante para a economia é sair de onde estava estancada e ganhar velocidade, as reações da bancada do agro fazem lembrar o encontro boêmio da segunda do nada faz que; à meia noite em ponto, o organizador para botar ordem na bagunça avisava: Ôpa! Aqui tem diretoria; quem não estiver satisfeito, vista a roupa e vá embora!
Rômulo Rodrigues
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